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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Mais educação contra a crise econômica


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A crise financeira mundial, que começou em 2008, está impactando o financiamento para a educação. Essa é a realidade da maioria dos países que, a pretexto da crise econômica, estão promovendo cortes de recursos em setores da economia que atingem principalmente os mais pobres. Em Portugal, por exemplo, o governo cortou 800 milhões de euros do orçamento anual da educação pública.

Ouça aqui o programa A Voz da Educação sobre o workshop do Congresso que teve como tema o impacto da crise na educação.

A IE aprovou uma resolução na qual critica o modelo de recuperação da crise e convoca todos os sindicatos membros que exijam que o financiamento da educação pública continue sob responsanbilidade dos governos e de, no nímimo, 6% do PIB.

Para a IE não é possível que aqueles que estão no poder usem a crise financeira para lançar uma segunda onda para dizimar os serviços públicos. “Sem professores, assistentes sociais e enfermeiros oferecendo os serviços públicos, não podemos atingir os objetivos do milênio", diz o texto.

O presidente da CNTE, Roberto Leão, foi um dos delegados da IE que defendeu a resolução. “No Brasil, nós entendemos que a educação não pode ser responsável por pagar a conta da ganância financeira. A educação pública que defendemos é a de qualidade, socialmente referenciada, que constrói cidadania e prepara as pessoas para intervirem de maneira consciente na sua vida, na sua história. Nós entendemos que a educação precisa de muito investimento e defendemos que no nosso país haja investimento de ao menos 10% do PIB na educação pública, porque acreditamos que a grande escola é a escola pública capaz de promover o desenvolvimento independente, de autonomia, solidário, democrático e construído com a participação de todos. Por isso, nós consideramos importante a aprovação dessa resolução para que tenhamos a educação que se preocupa com o ser humano e não o mercado”, ressaltou Leão. (CNTE, 26/07/2011)

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